terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sou guerreiro, tô solteiro... (ainda)


Sou guerreiro, tô solteiro...

Quero mais o quê?

Adorei este texto!


Difícil que não conheça uma das mais tradicionais músicas cantadas em tempos de Carnaval, não é mesmo? Para quem lembrou dela, impossível ter deixado de cantá-la no último sábado, dia 15 de Agosto: o Dia dos Solteiros. Logicamente, que eu não iria deixar de comentar esta data com os senhores, apesar de lembrar sua passagem somente no final da tarde, foi tempo suficiente para agradecer a sua existência.

Alguns dos senhores devem ficar abismados em somente saber da existência de tal dia e concordar que tal data não tem importância e repercussão no calendário comercial, porém é um nicho de mercado que deve ser apreciado, pois dados revelam que está parcela está em constante crescimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em uma pesquisa feita ainda do ano de 2008, existem quase 74 milhões de pessoas solteiras com mais de 18 anos no país, tal número equivale a 30% da população total do Brasil.

De acordo com o ranking, as três cidades com maior número de solteiros são respectivamente: Brasília, Salvador e Belo Horizonte e os motivos para o estado civil solteiro, desinteressado, feliz (assumidamente) são vários: opção pessoal, divórcio, mudança para uma capital em busca de estudo ou trabalho, entre outros.

Outro dado curioso apresentado pelo estudo é a indicação de três tipos de solteiros: o temporário, o transitório e o definitivo. O primeiro faz referência às pessoas jovens que ainda não se casaram ou que adiaram o matrimônio em função do estudo ou do trabalho, e que não moram com os pais. O transitório se refere à pessoa que se separou e que está morando sozinho por opção, ou até que encontre outro companheiro. E o último caso, o definitivo, que faz menção às pessoas que não pretendem se casar, ou não querem se unir novamente e desejam morar sozinhos, pois prezam sua independência e conseguem mantê-la pois economicamente falando o grupo é formado por pessoas que ganham, em média, dez salários mínimos.

Todavia, há os solteiros felizes e os deprimidos. Os felizes adoram sua posição e convivem sem problemas com a condição, já os outros que querem o mais rapidamente se livrar dela. É o caso de Kátia, uma bancária de 35 anos que foi a protagonista do último caso da Liga das Mulheres no Programa Fantástico. Ela está solteira a dois anos, mas já foi noiva duas vezes. O primeiro relacionamento durou quatro anos e terminou porque houve muitas traições. Já o segundo, que ela conheceu pela internet, não deu certo porque ele era mais novo e tinha outros planos. Kátia já tem enxoval, sonha em casar na igreja, tem planejado na cabeça como deve ser o pedido perfeito de casamento e se não for feito corretamente, não vai rolar. Ela, em pleno século XXI, ainda acredita em príncipe encantado e pelo jeito vai continuar sozinha um bom tempo.

Claro que tem outras que dá vontade de ficar junto, no caso das mulheres as datas comemorativas, porque a gente ganha presente e é lembrada, para tanto esquecer esses poucos dias satisfatórios de estar namorando, dei uma navegada na internet e relacionei alguns BONS motivos para estar solteiro, não só no dia dos solteiros, mas todos os dias do ano. O primeiro e o mais importante é a LIBERDADE, que para pessoas que precisam de espaço e surtam às vezes com o chicletismo (como eu), isso é fundamental e o que mais causa inveja aos compromissados por aí. A gente pode fazer o que quiser, na hora que bem entender, sem ouvir reclamações ou cobranças: delícia!

Outro é não ter que conviver com alguns hábitos irritantes que para quem é casado ou vive junto, torna-se um saco. As mulheres, por exemplo, surtam com tampa de vaso levantada, toalha molhada em cima da cama, cueca jogada pelo quarto. E os homens não suportam calcinha pendurada perto do chuveiro, às dezenas de pares de sapato jogados embaixo da cama e o resultado quase sempre é briga.

Mais uma: quem é solteiro economiza! Não é preciso gastar com presentes, flores, jantares românticos e motel na série de datas comemorativas: Dia dos Namorados e aniversários de namoro, casamento, primeiro beijo. Além disso, a conta telefônica também é menor, já que não existe aquela enrolação típica dos apaixonados.

Quem é solteiro tem tempo pra si mesmo e pode investir em si próprio. Pode fazer o que gosta: ouvir música, ler, caminhar. Pode aceitar fazer aquele curso fora da cidade, ou encarar a promoção na empresa onde trabalha e crescer profissionalmente, coisa que para os compromissados ou dá dor de cabeça ou é impossível. Além dos compromissos sociais chatos que não precisam ser agüentados: por exemplo, a festa na casa da tia-avó do namorado, em pleno sábado a noite. Tenha dó!

E ainda tem aquele famoso e clichê dizer, que é a mais pura verdade: “solteiro sim, sozinho nunca”, que até para os mais exigentes, isso é fácil de resolver e um estalar de dedos e uns goles de cerveja! Lembram das estatísticas do IBGE? Tá cheio de gente solteira por aí e para quem não quer casar e nem namorar tão cedo, se divertir é uma ótima pedida. E isso ainda não faz referência apenas a parceiros amorosos, mas também a amigos. Quer coisa melhor que viajar com uma porção de bons amigos? De sentar-se à mesa de bar e rir até as altas da madrugada? Enquanto certos casais se isolam, os descompromissados podem muito bem manter o campo do relacionamento interpessoal ativo.

E pode ser até que o amor realmente exista (ataque de risos), quem sabe um dia, céticos como eu o encontrem (não, eu não estou procurando, só pra deixar claro), mas e a dúvida? A gente vê tanta coisa por aí, pessoas que estão acompanhadas, mas que na verdade estão sozinhas... Na dúvida, melhor sozinho do que mal acompanhado e nunca é tarde para comemorar, porque solteiro pode comemorar todos os dias, sem ouvir reclamações.
Rasante da Polly

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